Medidores de terra ou telurómetros: instrumentos essenciais para segurança elétrica
Os medidores de terra, também designados por telurómetros ou medidores de ligação à terra, são instrumentos indispensáveis para garantir a segurança e a eficiência das instalações elétricas. Estes equipamentos permitem medir com precisão a resistência de terra e a resistividade do solo, parâmetros fundamentais para proteger pessoas e equipamentos contra descargas elétricas, fugas de corrente ou sobretensões. Um valor de resistência adequado assegura que as correntes de defeito são devidamente conduzidas para o solo, prevenindo acidentes e avarias. Assim, um medidor de resistividade do solo é uma ferramenta essencial em qualquer projeto elétrico, desde edifícios residenciais até sistemas industriais e infraestruturas de telecomunicações.
A importância de medir a resistência de terra e a resistividade do solo
Um sistema de ligação à terra eficiente cria um caminho de baixa resistência para dispersar correntes de fuga e descargas atmosféricas, protegendo as pessoas e os equipamentos. Com um medidor de ligação à terra, é possível confirmar se a instalação cumpre as normas de segurança e os valores exigidos pelas regulamentações, como a IEC 60364 ou as normas portuguesas da série NP 1037. A resistividade do solo, medida com um medidor de resistividade do solo, é igualmente importante no planeamento de novas instalações de terra, pois determina a profundidade, o número e a disposição das hastes (picas) a utilizar para alcançar uma resistência ideal.
Métodos de medição com picas: 2, 3 e 4 pontos
Os instrumentos de medição de terra funcionam com diferentes métodos baseados no número de picas (ou elétrodos) cravadas no solo. Cada técnica tem as suas próprias vantagens e é escolhida conforme a precisão necessária e as características do terreno.
Método de 2 picas
O método de duas picas, também conhecido como método simplificado, utiliza a própria terra da instalação como referência e uma pica auxiliar para injeção de corrente. É uma técnica rápida, recomendada para verificações periódicas e inspeções de manutenção. Embora menos precisa do que outros métodos, é prática em locais onde não seja possível instalar múltiplos elétrodos auxiliares.
Método de 3 picas ou método da queda de potencial
O método de três picas é o mais utilizado e reconhecido internacionalmente. Utiliza-se uma pica para injetar corrente, outra para medir o potencial e a terceira é a ligação de terra em ensaio. O medidor de terra aplica uma corrente entre a pica de corrente e a ligação à terra, medindo a diferença de potencial entre a pica de tensão e a terra. Com estes valores, o equipamento calcula a resistência de ligação à terra com grande precisão. Este método é amplamente aplicado em instalações elétricas industriais, subestações e sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.
Método de 4 picas ou método de Wenner
O método de quatro picas é o mais indicado para determinar a resistividade do solo. Quatro picas são cravadas em linha reta, espaçadas igualmente, e o telurómetro injeta corrente entre as picas exteriores, medindo o potencial entre as duas interiores. A resistividade é calculada pela fórmula de Wenner (ρ = 2πaR), sendo “a” a distância entre as picas e “R” a resistência medida. Este método é essencial para projetistas e engenheiros que necessitam de conhecer as propriedades elétricas do solo antes de construir um sistema de ligação à terra eficaz.
Método sem picas ou método de pinça
Os telurómetros digitais modernos podem medir a resistência de terra sem necessidade de instalar picas, utilizando uma pinça de corrente. Esta técnica é prática e não requer a desconexão da instalação, sendo ideal para locais onde existam várias ligações de terra interligadas, como edifícios, hospitais ou centros de dados. No entanto, não é aplicável em sistemas isolados que não possuam caminho de retorno de corrente.
Aplicações dos medidores de terra e medidores de resistividade do solo
Os medidores de terra e medidores de resistividade do solo são utilizados em diversas áreas: em instalações residenciais e comerciais para garantir a conformidade com as normas de segurança; em manutenção industrial para verificar transformadores, motores e quadros elétricos; em telecomunicações para assegurar o bom desempenho das redes; e em energias renováveis, como parques solares e eólicos, onde o controlo da ligação à terra é crucial. Também são amplamente usados por laboratórios de ensaio, técnicos eletricistas e empresas de certificação.
Como escolher o melhor medidor de ligação à terra
Ao selecionar um medidor de ligação à terra ou um medidor de resistividade do solo, é importante considerar vários fatores: a precisão de medição, o intervalo de resistência, o número de métodos suportados (2, 3 ou 4 picas), a facilidade de operação e a qualidade da construção. Os modelos profissionais incluem ecrãs retroiluminados, memória interna, comunicação USB ou Bluetooth e software para registo e análise de dados. O equipamento deve estar devidamente calibrado e cumprir as normas de segurança elétrica internacionais. Um bom telurómetro oferece medições fiáveis e repetíveis mesmo em solos de alta resistividade ou condições adversas.
Boas práticas para medições exatas e repetíveis
Para garantir resultados precisos, recomenda-se realizar as medições em condições de humidade e temperatura estáveis, evitando terrenos demasiado secos ou saturados. As picas devem ser cravadas entre 30 e 50 cm de profundidade, alinhadas corretamente e separadas entre si por distâncias adequadas, geralmente entre 5 e 10 metros. É aconselhável repetir as medições em diferentes pontos e calcular a média dos valores obtidos. Também é essencial verificar o estado dos cabos, picas e conectores antes de cada utilização e calibrar periodicamente o equipamento conforme as recomendações do fabricante.
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